Vivemos em um mundo masculino. Masculino porque apesar de sermos maioria, nossa maioria ainda fica presa aos afazeres de casa, enquanto o mundo, gira em torno de uma porção de homens que ocupam os mais variados espaços de forma majoritária. Masculino porque são os homens que ocupam a direção política, econômica e social e por isso acham que o mundo pode girar apenas em torno deles.
Este mundo masculino nos reprime e nos ameaça. Para nos afirmarmos, precisamos disputar espaços, ser melhores para nos destacar. Nos disfarçamos para ocupar espaços no mundo masculino.
A relação não é de sexo nem de gênero é de opressão, é de machismo que corrempe valores e detrói o que há de mais sensível entre homens e mulheres, a igualdade.
O mês de março é o “mês” da mulher (até parece que deixamos de ser mulheres nos outros meses), é um período em que as reflexões se aprofundam na busca de iguais condições para homens e mulheres.
Flores, palestras, chás, eventos de auto-estima são atividades frequentes no dito “mês das mulheres”. Oras, auto-estima é poder sermos femininas e feministas sem preconceitos do mundo masculino e machista. Quanto às flores, talvez a melhor homenagem fosse o fim do espancamento de mulheres no Brasil. A quebra de facas que agridem, o amolecimento de mãs que maltratam, o silêncio de palavras que destróem.
Desafios postos, precisamos debater o tema feminismo como mulheres e homens que compreendem que a sociedade só pode ser melhor se as relações em homens e mulheres forem de sensibilidade, de luta e resistência juntos ao modelo capitalista.
Nem melhores nem piores, homens são homens e mulheres são mulheres. Precisamos afeminiar o mundo, dirigir os espaços de forma igual.
O desafio do mês das mulheres é refletirmos com os homens e ousarmos propor significativas mudanças neste mundo masculino. Mudanças que passam por debates e por políticas públicas, mudanças que passam por leis mais rigorosas e por cotas, mudanças que passam por homens e mulheres.
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